CONTEXTO
A Dor Aguda (DA) é um sinal de alarme relativamente a uma possível doença ou ameaça. Resulta da consciencialização de um sinal nociceptivo produzido por uma lesão tecidual recente, que pode ser complicada, se ocorrer sensibilização do sistema nervoso periférico e/ou central
A denominação de DA é associada quase sempre à Dor Pós-Operatória (DPO), pela forma como a dor provocada pela intervenção cirúrgica se ajusta perfeitamente à definição de DA da International Association for the Study of Pain (IASP).
Sendo a DPO um problema previsível, que ocorre num ambiente presumivelmente bem controlado, onde estão disponíveis equipas médicas, fármacos modernos e outros aparelhos hospitalares sofisticados, não se compreende que mais de 50% dos doentes ainda apresentem dor grave após cirurgia (no hospital e após a alta hospitalar), com possibilidade de evolução para cronicidade. De facto, prevê-se que 10 a 50% dos doentes submetidos a cirurgia desenvolvam dor crónica pós-operatória, resultado de DA mal controlada.
Nem sempre é fácil tratar a DPO! Cada caso é único! Atualmente, em contexto de DA, são cada vez mais frequentes doentes com dores de características mistas (somática, visceral, neuropática), doentes com dor crónica em tratamento, doentes toxicodependentes ou ex-toxicodependentes em tratamento de substituição, doente em idade pediátrica, doente geriátrico... São situações “não lineares” que obrigam ao conhecimento aprofundado da fisiopatologia da dor e dos diversos métodos e fármacos associados ao seu tratamento, independentemente do seu carácter agudo ou crónico.
Estes são alguns dos Hot Topics em Dor Aguda, cujo debate ajudará a uniformizar formas organizadas de atuação, integradas em Unidades de Dor Aguda, conduzindo ao melhor controlo da DPO.
FORMADORES
Sara Fonseca
Assistente Graduada de Anestesiologia Centro Hospitalar São João
Coordenadora da Unidade Funcional de Dor Aguda Centro Hospitalar São João
Assistente Voluntária da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Rita Santos
Assistente Graduada de Anestesiologia do Centro Hospitalar Porto
Coordenadora da Unidade Funcional de Dor Aguda do Centro Hospitalar do Porto
Rita Moutinho
Assistente Hospitalar de Anestesiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho
Coordenadora da Unidade de Dor Aguda do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho
FORMADORES CONVIDADOS
José Castro Lopes
Professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto
Diretor do curso de Pós-graduação em Medicina da Dor da Universidade do Porto
Luisa Guedes
Assistente hospitalar Centro Hospitalar São João
Grupo da Unidade Funcional de Dor Aguda Centro Hospitalar São João
Rui Valente
Assistente Graduado de Anestesiologia no IPO Porto
Coordenador da Unidade de Dor Aguda IPO Porto
Diretor do Bloco operatório e da Cirurgia Ambulatório do IPO Porto
Rita Araújo
Assistente Hospitalar de Anestesiologia do Centro Hospitalar Porto
Grupo da Unidade Funcional de Dor Aguda do Centro Hospitalar do Porto
Ana Martins
Assistente Hospitalar de Anestesiologia do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho
Grupo da Unidade de Dor Aguda do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia-Espinho
Cristiana Pinho
Assistente hospitalar Centro Hospitalar São João
Grupo da Unidade Funcional de Dor Aguda Centro Hospitalar São João
FORMANDOS
Licenciados em Medicina ou detentores do Mestrado Integrado em Medicina, sendo dada preferência a:
1º) os que detêm a especialidade de Anestesiologia
2º) Internos de Formação específica na área de Anestesiologia
3º) os que completaram curso de Pós-graduação na área da Dor
NÚMERO DE PARTICIPANTES
mínimo 8
máximo 25
PLANIFICAÇÃO DO CURSO
Boas vindas
Teste de auto-avaliação de conhecimentos (10 min)
1ª parte – Teórica (40 min)
Breve exposição de princípios básicos fundamentais que nos permitam melhorar:
- abordagem do doente com dor
- identificação do tipo de dor
- orientação terapêutica do doente com dor
Fisiopatologia da Dor
Prof. Dr. José Castro Lopes
O “ABC” da avaliação do doente com Dor Aguda
Dra. Luisa Guedes
Coffee-Break (15 min)
2ª parte – Prática (30 min por mesa)
4 Mesas com temas diferentes.
Cada uma das mesas será orientada por Anestesiologista experiente na área da Dor Aguda
O objetivo é partilhar experiências, dúvidas, inovações de forma a enriquecer e melhorar o desempenho no doente com Dor Aguda
Mesa 1 – Protocolos: Por onde começamos?
Mesa 2 – Problemática da Dor Aguda: Da norma à prática clínica – o que falha?
Mesa 3 – Caso Clinico HOT TOPIC
Mesa 4 – Caso Clínico HOT TOPIC
PAUSA (10 MIN)
TESTE DE AVALIAÇÃO CONHECIMENTOS (15 min)
AVALIAÇÃO DOS FORMADORES / CURSO (5 min)
DESPEDIDA e CONCLUSÕES (5 min)